Você sabia que no Brasil, 16 milhões de pessoas ainda vivem em situação de extrema pobreza, entre elas três milhões de crianças?
Atualmente, o Brasil ocupa a posição de 6ª economia do mundo. A inflação, que durante anos assustou a população e chegou a fazer alguns produtos desaparecerem da mesa de várias famílias, está mais branda. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego também é a menor da história, ficando em 6% no último mês de maio.
O desempenho econômico do país vem melhorando a vida dos brasileiros. Dados do Governo Federal revelaram que, na ultima década, 40 milhões de pessoas entraram para a classe média e 28 milhões saíram da extrema pobreza no país. Ainda assim, há muito que ser feito para diminuir as desigualdades sociais no Brasil. O IDH – Índice de Desenvolvimento Humano – que avalia indicadores como expectativa de vida, escolaridade e renda média no país, está abaixo da média da América Latina.
Um dos fatores mais preocupantes é a existência de crianças entre zero e seis anos de idade em condição de extrema pobreza. Essa parcela da população sofre com a ausência de benefícios básicos como alimentação de qualidade, saúde e educação. A mortalidade infantil ainda é grande em estados do Norte e Nordeste do país, assim como nas comunidades carentes do sudeste. A pobreza inicial, que debilita essas crianças, acaba sendo a “porta de entrada” para uma educação deficiente e para a pobreza crônica nos anos de vida seguinte daquelas crianças que conseguem, apesar das adversidades, chegarem à fase adulta.
Bolsa Família e o Programa Brasil Carinhoso
De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome, o benefício do Bolsa Família já conseguiu alcançar 550 mil famílias brasileiras. Mas somente esse benefício parece não ser suficiente, já que ainda é grande o número de famílias que não conseguiram completar o cadastramento. Além disso, o benefício não garante outros auxílios como a creche, para que os pais possam trabalhar e elevar a renda da família. O resultado? Permanência das desigualdades sociais pela incapacidade de elevação de renda das famílias, êxodo escolar – já que muitas crianças acabam trabalhando nas ruas para ajudar em casa e, conseqüentemente, a elevação da taxa de analfabetismo.
Visando suprir essa lacuna nas políticas públicas do Brasil e diminuir o déficit de integração entre as principais redes de serviço: saúde, educação e assistência, a Presidenta Dilma lançou em maio deste ano, o programa Brasil Carinhoso, que pretende retirar da pobreza extrema até dois milhões de famílias brasileiras com crianças de zero a seis anos de idade. Serão 10 bilhões de reais empregados entre 2012 e 2014 na construção de mais de 6 mil creches, na ampliação da cobertura dos programas de saúde e na transferência de uma renda mínima de R$ 70 a cada membro das famílias que vivem em situação de extrema pobreza com, pelo menos, uma criança nessa faixa etária. O Brasil Carinhoso faz parte do programa Brasil sem Miséria e a ideia é que seja um reforço ao Bolsa Família.
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