quarta-feira, 13 de junho de 2012

POR UM BRASIL SEM MISÉRIA

Você sabia que no Brasil, 16 milhões de pessoas ainda vivem em situação de extrema pobreza, entre elas três milhões de crianças?
Atualmente, o Brasil ocupa a posição de 6ª economia do mundo. A inflação, que durante anos assustou a população e chegou a fazer alguns produtos desaparecerem da mesa de várias famílias, está mais branda. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego também é a menor da história, ficando em 6% no último mês de maio.

O desempenho econômico do país vem melhorando a vida dos brasileiros. Dados do Governo Federal revelaram que, na ultima década, 40 milhões de pessoas entraram para a classe média e 28 milhões saíram da extrema pobreza no país. Ainda assim, há muito que ser feito para diminuir as desigualdades sociais no Brasil. O IDH – Índice de Desenvolvimento Humano – que avalia indicadores como expectativa de vida, escolaridade e renda média no país, está abaixo da média da América Latina.

Um dos fatores mais preocupantes é a existência de crianças entre zero e seis anos de idade em condição de extrema pobreza. Essa parcela da população sofre com a ausência de benefícios básicos como alimentação de qualidade, saúde e educação. A mortalidade infantil ainda é grande em estados do Norte e Nordeste do país, assim como nas comunidades carentes do sudeste. A pobreza inicial, que debilita essas crianças, acaba sendo a “porta de entrada” para uma educação deficiente e para a pobreza crônica nos anos de vida seguinte daquelas crianças que conseguem, apesar das adversidades, chegarem à fase adulta.

Bolsa Família e o Programa Brasil Carinhoso

De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome, o benefício do Bolsa Família já conseguiu alcançar 550 mil famílias brasileiras. Mas somente esse benefício parece não ser suficiente, já que ainda é grande o número de famílias que não conseguiram completar o cadastramento. Além disso, o benefício não garante outros auxílios como a creche, para que os pais possam trabalhar e elevar a renda da família. O resultado? Permanência das desigualdades sociais pela incapacidade de elevação de renda das famílias, êxodo escolar – já que muitas crianças acabam trabalhando nas ruas para ajudar em casa e, conseqüentemente, a elevação da taxa de analfabetismo.

Visando suprir essa lacuna nas políticas públicas do Brasil e diminuir o déficit de integração entre as principais redes de serviço: saúde, educação e assistência, a Presidenta Dilma lançou em maio deste ano, o programa Brasil Carinhoso, que pretende retirar da pobreza extrema até dois milhões de famílias brasileiras com crianças de zero a seis anos de idade. Serão 10 bilhões de reais empregados entre 2012 e 2014 na construção de mais de 6 mil creches, na ampliação da cobertura dos programas de saúde e na transferência de uma renda mínima de R$ 70 a cada membro das famílias que vivem em situação de extrema pobreza com, pelo menos, uma criança nessa faixa etária. O Brasil Carinhoso faz parte do programa Brasil sem Miséria e a ideia é que seja um reforço ao Bolsa Família.

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